Dra. Débora Christina Ribas D'Ávila

Ed. Life Town Cambui, rua dos Alecrins, 914, sala 408 , fone (19)99478-6060, Campinas, São Paulo, Brazil

24/01/2010

A SAÚDE DE SEU BEBÊ DEPENDE DE SEUS HÁBITOS

O impacto do estilo de vida da obesidade, tabagismo e consumo de álcool associado à reprodução

A European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE) relacionou os fatores obesidade, tabagismo e consumo de álcool com o potencial natural de reprodução humana dos pacientes nos resultados da fertilização in vitro, as complicações da gravidez e a saúde da futura criança.

“A pensar nos riscos da futura criança, os médicos da fertilidade devem recusar o tratamento a mulheres que bebam mais do que o moderado e que não estejam motivadas ou aptas para minimizar o seu consumo de álcool”, diz o ponto número um do comunicado da ESHRE.

“Tratar mulheres com obesidade severa ou mórbida requer justificação especial” e “a reprodução assistida só pode ser realizada com alterações no estilo de vida e se houver evidências fortes que essas alterações não põem em risco a criança, o tratamento, tornar desproporcional a relação custo efeito ou haver riscos obstétricos”.

A obesidade afeta o potencial reprodutivo, interferindo com o mecanismo hormonal e metabólico. Na prática, isto significa menor frequência da ovulação e consequentemente menor probabilidade de concepção.

O risco de diabetes gestacional dobrou em mulheres com excesso de peso e aumentou até oito vezes nas morbidamente obesas. Além da diabetes, as crianças de mães obesas estavam em risco de morte pré-natal, anomalias congénitas e cardiovasculares.

O risco de infertilidade é duas vezes maior nos fumadores. As fumadoras precisam de mais tempo para engravidar e têm um maior risco de abortar. Os homens com o mesmo vício correm o risco de produzir esperma de pouca qualidade e concentração. É ainda associado que as crianças, filhas de pais fumadores, têm menor peso ao nascer, um risco elevado de fendas orais e a Síndrome de Morte Súbita.

O consumo em excesso de álcool acarreta riscos para filhos, tais como anomalias físicas, comportamentais e défices cognitivos até à morte fetal ou parto prematuro.

Mesmo após apagado, o cigarro continua sendo prejudicial à saúde de quem não fuma. Isso porque as toxinas deixadas pela fumaça no ambiente, que aderem a uma variedade de superfícies, podem contaminar outras pessoas com substâncias potencialmente cancerígenas.

"Thirdhand smoke" ou fumo de terceiro grau -contaminação pelas substâncias maléficas do tabaco depois de o cigarro ser apagado- As crianças pequenas e os bebês são mais suscetíveis a esse tipo de exposição porque brincam e engatinham em lugares contaminados e levam as mãos à boca com mais frequência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário