Dra. Débora Christina Ribas D'Ávila

Ed. Life Town Cambui, rua dos Alecrins, 914, sala 408 , fone (19)99478-6060, Campinas, São Paulo, Brazil

11/03/2010

Crack prejudica desenvolvimento de crianças

Crack prejudica desenvolvimento de crianças


Reportagem da EPTV acompanhou jovens e adolescentes que consomem crack no centro de Campinas

11/03/2010 - 14:17

O crack é a droga mais agressiva que existe hoje no Brasil. A afirmação é baseada nos efeitos que o consumo da droga causa no corpo do usuário. A psiquiatra Débora Ribas D'Ávila, a droga é muito quente e, à medida que é consumido, queima os dedos, a boca e o pulmão.

Durante vários dias, a reportagem da EPTV acompanhou o comportamento de jovens e adolescentes que consomem crack no centro de Campinas. Em uma imagem gravada, um menino sentado em uma praça fuma a pedra e em segundos começa a se agitar. Depois que o crack é queimado, a fumaça da cocaína presente na droga passa pelo pulmão, cai na circulação e atinge o sistema nervoso central. No cérebro, aumenta a quantidade da sustância dopamina, que dá uma sensação maior de euforia e poder. A coordenação motora diminui e altera os sentidos da audição, do paladar e do olfato.

De acordo com os médicos, esse caminho que o crack percorre no organismo ocorre em apenas dez segundos. Além de afetar os sentidos, o crack provoca uma sensação de prazer que não é comparada a nenhuma outra atividade, inclusive o sexo e por isso a dependência pode ocorrer na primeira vez, quando a pessoa experimenta a droga.

Uma vez ingerido, o crack já pode provocar vários problemas de saúde, explica a psiquiatra. A especialista diz ainda que no caso das crianças, as consequências podem ser irreversíveis, e que prejudica o desenvolvimento cerebral.

No caso de mulheres grávidas, o efeito não atinge apenas a mãe, explica a médica. A criança já nasce dependente, com dificuldades para mamar, além de ter irritação de humor e problemas durante o crescimento.

Mas apesar da agressividade do crack, a psiquiatra reforça que o tratamento é possível, dependendo somente da intenção da pessoa de se recuperar.












09/03/2010

Dores abdominais constantes podem ser resposta a estímulos estressantes

Uma meta-análise (revisão de artigos já publicados anteriormente) feita por Ilva Elena Schulte e colaboradores da Universidade de Bremen, na Alemanha, e publicada no periódico científico Psychotherapy and Psychosomatics, observou a relação entre dores abdominais em crianças e suas possíveis causas psicológicas. O estudo procurou ver as ligações entre esse tipo de dor como potencial indicação de ajustes de somatização a outros tipos de transtornos mentais não diagnosticados.

Entre os transtornos associados estão a convivência com familiares com baixa condição de bem-estar, eventos traumáticos e elementos estressores diários (incluindo bullying e problemas econômicos que atinjam o núcleo familiar).

O impacto do estresse na dor parece ser uma forma de enfrentamento a determinados problemas e a intensidade da dor é algo que pode ter variações de acordo com o humor da criança. Há também a evidência de que as crianças podem estar seguindo um modelo aprendido para descrever as dores sentidas.

Os pesquisadores agora trabalham com a hipótese de um “transtorno de ajuste somatoforme” para esse tido de dor abdominal desencadeado por elementos externos, porém onde há algum tipo de controle da criança sobre o evento (descrevendo intensidades variáveis e assimilando novos sintomas). Entretanto, os autores afirmam também que é possível que essas crianças não consigam se adaptar de outra maneira aos eventos traumáticos e estressantes aos quais são submetidas.

Medo e stress provocam paixão. Desilusão = Dores Físicas

Como surgem sentimentos de paixão? Pela teoria dos dois fatores do psicólogo social Stanley Schachter da Universidade Columbia, as emoções aparecem quando interpretamos excitação fisiológica de origem sexual de modo cognitivo. Conferimos a elas, por assim dizer, uma etiqueta correspondente: euforia, tristeza, raiva etc. Mas, se há várias fontes de excitação, o cérebro parece ter problemas para distingui-las. Situações dramáticas, portanto, podem aumentar sensivelmente o amor apaixonado. Esse fenômeno é ilustrado pelo chamado efeito Romeu-e-Julieta. Os dois famosos adolescentes tiveram de lutar pelo seu amor contra a resistência de todos a sua volta. Não seria espantoso que ambos interpretassem a sua excitação em parte como expressão de seu interesse mútuo. De fato, pesquisas confirmam que pais que quiserem evitar relacionamentos românticos dos filhos acabaram por alcançar o contrário: a pressão de fora fortalece os sentimentos de um pelo outro. Chama a atenção que a maior intensidade dos sentimentos amorosos parta de emoções negativas, como medo e stress. Mas também o desejo por aventura ou a excitação emocional em competições esportivas podem funcionar como elixir do amor.

Uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que uma desilusão amorosa pode causar dor de verdade. Os cientistas analisaram imagens de ressonância magnética funcional de voluntários enquanto eles falavam de seus corações partidos. As áreas ativadas eram semelhantes às estimuladas pela dor física. Isso tem uma explicação: a dor física é composta pela ativação sensorial e pelo componente emocional, a mesma área do cérebro que trabalha quando sentimos uma dor de um fora ou de uma rejeição social.

O estudo mostrou também que pessoas mais sensíveis à dor física também se mostram mais susceptíveis à dor social. Uma parte do estudo mostrou até que pessoas em uso de analgésicos por três semanas relatavam menos dor ao levar um fora do que pessoas que tomavam placebo. Apesar disso, os pesquisadores não indicam o uso de analgésicos para curar as dores de amor.