Quem mama no peito tem saúde mental melhor
A amamentação no peito por pelo menos seis meses ajuda a proteger a saúde mental das crianças até a adolescência ("Journal of Pediatrics").
Bebês amamentados por mais tempo têm melhor saúde mental porque a amamentação tem um efeito positivo no desenvolvimento de aspectos neuroendócrinos, necessários para uma melhor resposta ao estresse. Componentes bioativos do leite também influenciariam nessa resposta.
A mulher tem, através da experiência da gravidez e do parto, a oportunidade de elaborar traumas antigos relacionados com as suas próprias experiências infantis, o mesmo ocorrendo com a amamentação. A amamentação tem uma importante função na reparação da separação entre a mãe e o bebê (o trauma do nascimento). Esta separação provocada pelo nascimento pode ser vivenciada por muitas mulheres como uma perda abrupta, como uma separação traumática entre ela e o bebé. Com a vivência do aleitamento materno e da intimidade estabelecida, a separação vai ocorrendo progressivamente, ajudando mãe e lactante a superar paulatinamente, contrastando com a repentina e abrupta separação que ocorre no momento do parto.
Há efeitos benéficos do aleitamento materno na qualidade da interação mãe-bebê que se repercute positivamente em outros contextos interativos - seus filhos exibem um maior número de iniciativas positivas ao nível do jogo, no contacto físico e nas expressões de afeto. Os bebês destas mães revelam um maior número de contatos físicos e de vocalizações e menor número de expressões de zanga nas interações com a mãe.
O ajustamento do bebê ao seio é extremamente importante. Nesse ajuste é fundamental que a mãe dê atenção ao ritmo do bebê e da sua sucção, pois é importante não só a alimentação em si, sob o ponto de vista nutritivo ou como protector de infecções, mas também a sua satisfação oral, o aconchego e o contacto físico.
Outro aspecto importante é o desenvolvimento da comunicação e dos processos de pensamento que se encontram intimamente relacionados com a relação mãe-bebê.
Amamentação está relacionada com os níveis de testosterona?
Recentemente, uma pesquisa norueguesa mostrou que a capacidade de amamentar pode ser governada pelos níveis de testosterona durante a gravidez.
Fatores como idade, educação e tabagismo foram levados em conta pelos noruegueses, mas, mesmo assim eles encontraram uma relação clara entre as baixas taxas de amamentação entre os três e seis meses de vida do bebê e altos níveis de testosterona da mãe.
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