Dra. Débora Christina Ribas D'Ávila

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09/03/2010

Medo e stress provocam paixão. Desilusão = Dores Físicas

Como surgem sentimentos de paixão? Pela teoria dos dois fatores do psicólogo social Stanley Schachter da Universidade Columbia, as emoções aparecem quando interpretamos excitação fisiológica de origem sexual de modo cognitivo. Conferimos a elas, por assim dizer, uma etiqueta correspondente: euforia, tristeza, raiva etc. Mas, se há várias fontes de excitação, o cérebro parece ter problemas para distingui-las. Situações dramáticas, portanto, podem aumentar sensivelmente o amor apaixonado. Esse fenômeno é ilustrado pelo chamado efeito Romeu-e-Julieta. Os dois famosos adolescentes tiveram de lutar pelo seu amor contra a resistência de todos a sua volta. Não seria espantoso que ambos interpretassem a sua excitação em parte como expressão de seu interesse mútuo. De fato, pesquisas confirmam que pais que quiserem evitar relacionamentos românticos dos filhos acabaram por alcançar o contrário: a pressão de fora fortalece os sentimentos de um pelo outro. Chama a atenção que a maior intensidade dos sentimentos amorosos parta de emoções negativas, como medo e stress. Mas também o desejo por aventura ou a excitação emocional em competições esportivas podem funcionar como elixir do amor.

Uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que uma desilusão amorosa pode causar dor de verdade. Os cientistas analisaram imagens de ressonância magnética funcional de voluntários enquanto eles falavam de seus corações partidos. As áreas ativadas eram semelhantes às estimuladas pela dor física. Isso tem uma explicação: a dor física é composta pela ativação sensorial e pelo componente emocional, a mesma área do cérebro que trabalha quando sentimos uma dor de um fora ou de uma rejeição social.

O estudo mostrou também que pessoas mais sensíveis à dor física também se mostram mais susceptíveis à dor social. Uma parte do estudo mostrou até que pessoas em uso de analgésicos por três semanas relatavam menos dor ao levar um fora do que pessoas que tomavam placebo. Apesar disso, os pesquisadores não indicam o uso de analgésicos para curar as dores de amor.

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