Dra. Débora Christina Ribas D'Ávila

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09/03/2010

Dores abdominais constantes podem ser resposta a estímulos estressantes

Uma meta-análise (revisão de artigos já publicados anteriormente) feita por Ilva Elena Schulte e colaboradores da Universidade de Bremen, na Alemanha, e publicada no periódico científico Psychotherapy and Psychosomatics, observou a relação entre dores abdominais em crianças e suas possíveis causas psicológicas. O estudo procurou ver as ligações entre esse tipo de dor como potencial indicação de ajustes de somatização a outros tipos de transtornos mentais não diagnosticados.

Entre os transtornos associados estão a convivência com familiares com baixa condição de bem-estar, eventos traumáticos e elementos estressores diários (incluindo bullying e problemas econômicos que atinjam o núcleo familiar).

O impacto do estresse na dor parece ser uma forma de enfrentamento a determinados problemas e a intensidade da dor é algo que pode ter variações de acordo com o humor da criança. Há também a evidência de que as crianças podem estar seguindo um modelo aprendido para descrever as dores sentidas.

Os pesquisadores agora trabalham com a hipótese de um “transtorno de ajuste somatoforme” para esse tido de dor abdominal desencadeado por elementos externos, porém onde há algum tipo de controle da criança sobre o evento (descrevendo intensidades variáveis e assimilando novos sintomas). Entretanto, os autores afirmam também que é possível que essas crianças não consigam se adaptar de outra maneira aos eventos traumáticos e estressantes aos quais são submetidas.

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